Dica: Ruínas Romanas em Portugal – Conímbriga

Em primeiro lugar, se você não era um dos melhores alunos de história – sim, os romanos estiveram em Portugal. Em seu auge, o Império Romano dominava toda a Península Ibérica, ou Portugal e Espanha atuais. Há diversos sítios arqueológicos e ruínas romanas em Portugal, mas talvez poucas com a grandiosidade e estado de conservação de Conímbriga.

Casa de Cantaber

Ruínas Romanas em Portugal – Conímbriga

Em Condeixa-a-Nova, pertinho da cidade de Coimbra, a cerca de 15 quilômetros, não poderia deixar o lugar de ser uma das ruínas mais bem estudadas do país. Escavações ali elucidaram muitos aspectos do cotidiano de um povoado romano e ajudaram a escrever uma boa parte da história de Portugal. E, da antiga província romana da Lusitânia.

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Romanos

Os romanos chegaram ali por volta do século I a.C., mas a região já era habitada por povos anteriores a eles. A romanização trouxe a civilização a comunidades que antes viviam uma cultura sumamente agrícola. Os restos e ruínas da cidade mostram como os romanos eram eficazes ao criar cidades e trazer o progresso, mesmo em um tempo tão distante para nós.

Conímbriga foi uma próspera cidade. No entanto, também uma das primeiras a ser saqueada ou invadida quando o Império Romano começou sua trajetória de declínio, já após o ano 400 d.C.

Mosaico do Império Romano representando um labirinto

Colocada sob o status de Monumento Nacional Português em 1910, a área vem sendo estudada a fundo desde então, com o auxílio de universidades e entidades de pesquisa da cidade próxima de Coimbra e outros especialistas do país e internacionais.

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Termas Romanas de Conímbriga – Séc. I

Termas

Dezenas de edifícios compõem o sítio arqueológico, entre templos, casas de nobres e aristocratas da época, fóruns e as famosas termas romanas – estivessem hoje em funcionamento, seriam certamente as termas as principais atrações do lugar.

Detalhe do lindo Mosaico Romano – Séc. I

A presença de termas definia o grau de importância dos habitantes de uma vila ou povoado romano. Gente importante do império, os verdadeiros cidadãos romanos, não abriam mão de seus banhos quentes, frios e banhos de vapor. Numa versão antiga dos modernos spas, romanos e convidados aproveitavam a boa vida civilizada em termas. Servidos de boa comida, bebida e de águas puras e cristalinas como já não existem por aí com facilidade.

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Aqueduto Romano de Conímbriga – Séc. I

Toda a história ali enclausurada, levou o governo português a montar um museu específico para a atração histórica. As ruínas bem preservadas, para visitantes, mostram um aspecto interessante dos remanescentes romanos que pouca gente conhece: cores.

É de se supor que romanos nem sempre podiam construir suas faraônicas obras com as mesmas pedras e materiais – principalmente considerando a vastidão do império que formaram na Antiguidade.

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Contudo, seja por capricho de Portugal ou por gosto e apreciação dos romanos, que um dia fundaram Conímbriga, mesmo hoje, mais de dois mil anos após o início de tudo, pedras e elementos que restaram mostram cores e tons bem diferentes do que esperamos do senso comum para ruínas dessa natureza. Os tons branco e areia, tradicionalmente vistos em filmes e imagens na TV, cedem espaço a um vermelho vivo, ao rosa, aos tons cinzas e beges mesclados de rochas que os romanos só podiam encontrar em Portugal.

O museu

Criado em 1962, o Museu Monográfico de Conímbriga é uma entidade exclusivamente dedicada aos achados e às pesquisas que cercam a antiga vila romana. A coleção mostra não apenas o grau de dedicação dos arqueólogos portugueses ao estudar o lugar, mas a riqueza de uma história que antecede em mais de mil anos a própria formação do estado português.

São mais de 30 temas distintos para categorizar e separar tudo o que foi encontrado em Conímbriga, desde o final do século XIX. Um belo trabalho, tudo acondicionado em um museu cuja estrutura não deixa a desejar – nem mesmo para os exigentes romanos que um dia ali viveram.

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Conímbriga e seu museu são um verdadeiro “portal” para o turista em Portugal – que geralmente espera uma imensidão interminável de obras católicas e religiosas, e nada mais além disso. Nas ruínas, principalmente próximo do amanhecer ou do entardecer, o viajante pode penetrar em um reino de Portugal que ocorreu muito antes daquele Portugal de caravelas e navegantes de barba comprida que conhecemos em nossos livros de colégio.

Casa dos Esqueletos

Informações úteis

Endereço: Conímbriga, Condeixa-a-Velha, Condeixa-a-Nova, Portugal

Horário: De segunda-feira a domingo, das 10h00 às 19h00. Encerra: 1 de janeiro; domingo de Páscoa; 1 de maio e 25 de dezembro.

Serviço: Bar e restaurante.

Entrada: 4,50€

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