Palácio da Pena
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Dicas: Como visitar o Palácio da Pena em Sintra – Portugal
Vamos pensar no seguinte: que tal se você pudesse ver, no mesmo lugar, todas as tendências de arquitetura e decoração que passaram pela Europa, digamos, nos últimos dois mil anos? Não, não é um museu. Mas vamos melhorar o negócio: e se tudo isso estivesse fincado no topo de uma montanha, a partir da qual se tem, talvez, a mais bela vista de Portugal? Parece excelente. Mas não acabou: digamos que esse mesmo lugar é capaz de contar boa parte da história portuguesa e até mesmo dar uma “pincelada” no que se passava por aqui, no Brasil. Mais do que um simples castelo ou palacete, o Palácio da Pena é um dos lugares mais mágicos e curiosos de Portugal, um lugar que mistura história com um pouco de fantasia e talvez uma dose de megalomania de seus idealizadores. Veja a seguir como visitar o Palácio da Pena em Sintra.
Como visitar o Palácio da Pena
O Parque e o Palácio Nacional da Pena, no coração da região de Sintra, em Portugal, é algo fascinante, uma visita cujo o roteiro começa ainda em Lisboa, capital do país e cidade próxima, a partir da qual, parte a grande maioria dos visitantes e turistas.
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O Palácio da Pena, no coração do parque de mesmo nome, está no topo da montanha mais alta da região. Para chegar até lá, visitantes precisam subir montanha, passando por uma estradinha fina que avança bosque adentro, enquanto sobe de maneira vigorosa centenas de metros de morro. A simples viagem até os portões da Pena, já renderiam em si um belo roteiro turístico, mas há muito mais.
Quase no topo, o visitante se vê diante de uma bifurcação – de um lado, segue rumo ao chamado Castelo dos Mouros, uma imponente fortaleza de pedra medieval que divide as atenções com o Palácio da Pena. Seguindo para o outro lado, o turista roda mais algumas centenas de metros até chegar às portas do palácio.
Entrada para o Palácio da Pena
Logo na entrada, próximo ao guichê, uma surpresa: se você acha que já subiu o suficiente de carro, está enganado. Do portão até o palácio em si, são mais umas dezenas de metros de rampa, mas alegre-se – alguns ônibus levam o visitante até o topo do parque, para ingressar diretamente no “castelo” colorido e vibrante que brilha no alto da colina.
Já na entrada, dois imponentes edifícios mostram o que o romântico Dom Fernando II, criador do palácio, reservou aos visitantes: uma mescla sem fim de estilos e tendências arquitetônicas, paredes amarelas, alaranjadas, roxas e de muitas outras cores. Quem vê o Palácio da Pena não pode adivinhar que sua história é muito mais antiga do que seu próprio idealizador.
Antes do palácio, ainda antes do Descobrimento, para ser exata, o escarpado foi ocupado e ali foi construída, antes de 1500, uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora da Pena. Continue lendo as dicas de como visitar o Palácio da Pena.
Vim, vi e comprei
Por séculos, a capela foi sendo reformada e acabou ganhando um convento de madeira, posteriormente todo um edifício para entoação de cânticos por monges. No século XVIII, um desastre destrui parte da torre da capela, até à sacristia e com o passar do tempo, os danos foram sendo agravados.
Eis que em 1838 o pobre convento, já dilacerado por mazelas, caiu nas graças de Dom Fernando II, um dos maiores amantes das artes que já viveu entre a realeza portuguesa. Dom Fernando não perdeu tempo e resolveu comprar o convento, aproveitando para arrematar alguns dos lindos bosques que o cercavam montanha abaixo.
O barão alemão Von Eschwege, um arquiteto amador na verdade, foi contratado para o serviço. Sua missão? Construir um palácio que não apenas agradasse à realeza portuguesa, mas também ao gosto eclético e porque não, excêntrico de Dom Fernando.
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O barão alemão era um homem viajado – talvez por isso seja possível ver traços africanos, asiáticos, europeus da Baixa e Alta Idade Média, padrões clássicos e também barrocos, além de algumas referências a estilos bem específicos, como os azulejos sevilhanos e alguns padrões persas em janelas e arcos.
Os estilos misturam, o islâmico com o renascentista, o manuelino com o neo-gótico, além de referências indianas,turcas e também mediterrâneas – afinal, o projeto envolvia a construção de um palácio de verão. Está gostando do post de como visitar o Palácio da Pena? Salve nos favoritos!
Dentro do palácio
Se a entrada do Palácio da Pena, já faz turistas pensarem que estão entrando em um parque temático da Era Moderna, o interior da construção, apenas lhes traz uma certeza a esse respeito. Caminhando um pouco até chegar à parte principal do palácio, o visitante chega a um pátio – o “Claustro”. Cercado de corredores e arcos por todos os lados, o claustro é especialmente vistoso. Destaque especial para os seus azulejos mouriscos, brancos e azulados.
Sala de Jantar e Copa
No piso inferior ao claustro, está a Sala de Jantar e a Copa. Com paredes forradas com azulejos, a sala manteve algumas características do antigo refeitório dos monges que ali viviam antes do palácio. Abóbadas em estilo manuelino, contrastam com os móveis de madeira-de-lei que decoram o ambiente. A Sala de Jantar e a Copa, também possuem várias peças de coleção do excêntrico Dom Fernando II, a de louças e cerâmicas.
Aposentos reais
Seguindo o roteiro da visita, turistas passam pelos aposentos do Rei Dom Carlos e também da Rainha D. Amélia. Também cheio de abóbadas ao teto, o aposento do Rei Dom Carlos é mais “humilde”. Tetos lisos, sem pintura e paredes em azul escuro, com cortinas rubras e amareladas. Apesar dos muitos objetos, o quarto é realmente menos trabalhado que os aposentos da Rainha D. Amélia, o forrado de detalhes no revestimento da parede, claro e brilhante, com cortinas rosadas e móveis em cores para esse tom – talvez seja uma das mais bonitas decorações de todo o palácio.
Sala de visitar
A Sala de Visitas possui uma decoração com toque islâmico e uma pintura muito interessante. Arcos e colunas foram pintados em toda a volta do recinto. Em cores iguais às do teto, fazendo com que a sala pareça, três ou quatro vezes maior do que realmente é.
As salas de passagem, que funcionam como intermitências entre os aposentos principais, até possuem decorações bonitas. Mas esse não era seu intuito. O objetivo era claramente guardar as coleções do artista-acumulador Fernando II, pois muitos de seus pertences ainda estão por lá.
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Claro, escuro e louco
O interior do Palácio da Pena mostra como seria uma revista de decoração, caso fosse impressa em cores ainda no século XIX. Salas com decorações completamente diferentes, com iluminação clara e brilhante, ou penumbra e escuridão… Algumas geniais, outras curiosas e algumas delas, finalmente, muito loucas.
A Sala de Fumo, com teto em inspiração islâmica, é talvez a mais clara e iluminada de todo o palácio. Já a Sala de Entrada e da Escada das Cabaças, faz parecer que o turista entrou em alguma espécie de jardim secreto.
Salão Nobre
O Salão Nobre faz jus ao nome. Imponente e amplo, de pé-direito maior que os demais, é sem dúvida, uma sala que foi usada para o encontro de celebridades da época. Finalmente, a Sala dos Veados, com uma coluna central e teto abobadado é um verdadeiro monumento ao surrealismo. Cabeças de veados cercam o alto das paredes da sala – cenário tétrico e belo ao mesmo tempo.
Cozinha do Palácio
Para os amantes das dezenas de programas de culinária atuais, uma passada na pitoresca Cozinha do Palácio é recomendada. E, talvez, você consiga ali um vislumbre de como seria o “MasterChef” no século XIX.
Finalmente, para os religiosos ou amantes da história, a Capela do Convento de Nossa Senhora da Pena ainda está lá. Os detalhes foram restaurados e detalhes modernos se misturam a peças originais do lugar. Desfecho ideal para um dia no magnífico Palácio da Pena.
Como ir de Lisboa ao Palácio da Pena em Sintra
O Palácio da Pena está localizado em Sintra, a 30 km de Lisboa. A ligação de trem de Lisboa – Sintra, parte da Estação Ferroviária do Rossio, localizada no centro da cidade, bem próximo da baixa – principal zona turística da capital.
Um bilhete único custa por volta de 3€ (ida), já a volta custa o dobro, cerca de 6€. O primeiro trem Lisboa – Sintra, parte às 6:08 da manhã e o último Sintra – Lisboa, parte às 0:40. Geralmente, saem 4 partidas por hora durante o dia e não é possível comprar ou agendar pela internet. No entanto, sempre existem lugares disponíveis.
*Dica: Se possível alugue um carro, principalmente se você estiver com pouco tempo. As atrações em Sintra são distantes umas das outras e o deslocamento de Lisboa até Sintra é fácil pela IC19.
Lembre-se, o carro lhe dará liberdade total para explorar bem a cidade e a região. Nós ficamos tentados em ir de trem, mas acabamos alugando um carro. Chegando lá, percebemos que foi uma decisão acertada, com um ótimo custo benefício.
+ Confira também: Melhores lugares para conhecer em Lisboa
Informações de como visitar o Palácio da Pena
Endereço: Estrada da Pena, 2710-609 Sintra, Portugal
Horário e Preço: Confira no site
Dica:
Para você fazer o passeio tranquilo e completo pelo interior do Palácio e jardins, reserve pelo menos meio dia. Não se esqueça, o Parque da Pena é enorme, por isso, leve calçado confortável para caminhar à vontade.
Esqueça o salto alto, principalmente se você optar por ir até Sintra de Trem. Outra atração imperdível dentro do próprio parque, é a visita ao romântico Chalet da Condessa D’Edla e Jardins. Gostou das dicas de como visitar o Palácio da Pena? Salve nos favoritos!
Onde ficar em Sintra
Na nossa viagem a Sintra, ficamos hospedados no Hotel Cosy Sintra, que reservamos através do site Booking.com. O hotel possui um ambiente muito acolhedor, quartos confortáveis e arejados. O café da manhã é farto e muito gostoso.
A localização é ótima e fica a cerca de 1,7 km do centrinho da vila de Sintra. O aeroporto mais próximo é o Aeroporto da Portela (Lisboa), a 21 km da propriedade. Para reservar o Hotel: Clique aqui!
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